sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A evolução da vida: do Criptozóico ao Fanerozóico


Eon Criptozóico

Era Pré-Cambriana

Período Arcaico: As primeiras formas de vida surgiram nesse período com organismos aquáticos, por volta de 3,85 bilhões de anos atrás. Os organismos eram unicelulares, procariontes e capazes de sobreviver aos altos níveis de radiação solar existentes na atmosfera sem oxigênio e sem camada de ozônio.
Período Proterozóico: Surgimento de eucariontes que, juntamente com outros organismos unicelulares, utilizavam o oxigênio existente na atmosfera que aparecia em uma quantidade cada vez maior. No final desse período e da era pré-cambriana também houve o aparecimento de formas de vida mais simples e alguns invertebrados. O planeta começou a congelar de forma que a Terra virou uma “bola de neve” e esse acontecimento quase acabou com todos os seres pluricelulares simples que tinham acabado de surgir no planeta.


Eon Fanerozóico

Era Paleozóica

Período Cambriano: Caracterizou-se pela explosão da vida marinha.


Período Ordoviciano: Caracterizou-se pelo surgimento dos peixes e existência de algas marinhas. Uma glaciação matou 55% das espécies.
Período Siluriano: Caracterizado pelo surgimento das plantas terrestres.
Período Devoniano: Evolução dos animais aquáticos, aparecimento das primeiras florestas. Porém houve o desaparecimento de grande número de invertebrados marinhos.
Período Carbonífero: Nesse período os primeiros répteis surgiram e se formaram grandes florestas em que predominavam as gigantescas pteridófitas dos pântanos das quais derivaram espessas camadas de carvão.

Período Permiano:  Ocorrência de uma extinção em massa que eliminou 90% das criaturas marinhas, 70% das espécies vertebradas terrestres e quase todas as formas vegetais, extinção essa causada pelo impacto de um corpo celeste.


Era Mesozóica

Período Triássico: Nesse período os répteis os dominaram os continentes quando a falta de competição provocou uma evolução explosiva da classe. No período surgiram os primeiros dinossauros pequenos e bípedes.
Período Jurássico: Na fauna, predominavam os répteis, entre os quais a espécie mais numerosa era a dos dinossauros.

Período Cretáceo:  Esse período se caracteriza pela fauna de dinossauros bizarros, tartarugas e crocodilos, répteis voadores, mamíferos como os marsupiais e primatas e os insetívoros, os triconodontes e os multituberculados. O fim do Cretáceo foi marcado por um intenso vulcanismo levando a um aquecimento global e, consequentemente, uma diminuição em 90% de angiospermas levando a um decréscimo, também, dos dinossauros. Os dinossauros e os répteis voadores se extinguiram abruptamente no fim do período, devido ao impacto do asteróide Essa extinção em massa atingiu também os mamíferos triconodontes e as aves com dentes, mas as tartarugas, crocodilos e até sapos e salamandras sobreviveram ao impacto.


Era Cenozóica

Período Terciário: Caracterizado pelo desenvolvimento dos mamíferos primitivos e dos hominídeos que se diferenciaram há cerca de 23 milhões de anos e também o aparecimento de grandes carnívoros.

Período Quaternário: Último período da era Cenozóica, marcado pelo aparecimento do homem. Foram registradas cinco glaciações sucessivas e quatro recuos da camada de gelo, que duraram ao todo cerca de dois milhões de anos, com a última se iniciando há 22 mil anos e terminando há dez mil anos atrás que afetou o desenvolvimento da fauna e da flora no hemisfério norte. Os primeiros humanos se deslocaram em conseqüência das glaciações, mas se adaptaram às mudanças e sobreviveram a grande idade do gelo. Outra característica desse período é a extinção dos grandes mamíferos e as várias glaciações. Há cerca de 35 mil anos atrás, surgiu o Homo sapiens sapiens correspondentes aos homens atuais. Após o surgimento desses primeiros hominídeos inteligentes, iniciou-se uma época conhecida como pré-história, dividida em paleolítica, mesolítica e neolítica. Devido a essa glaciação, o homem se transformou do vegetariano do paleolítico em carnívoro no neolítico. Na época atual, Holoceno, iniciou-se a idade dos metais que finaliza a pré-história. Entre 7 mil e 5 mil anos atrás nascem as civilizações humanas, numa Terra onde os oceanos eram três metros mais altos do que hoje. Por volta de 5.600 a.C., o Mediterrâneo teria atingido um nível tal que o teria feito invadir a Ásia Menor, destruindo uma civilização lá existente e dando origem ao Mar Negro. Os sobreviventes teriam emigrado para outras partes do mundo, e dado origem aos relatos do dilúvio nas escrituras da humanidade.





sábado, 9 de outubro de 2010

Cientistas ressuscitam retrovírus com cinco milhões de anos

Cientistas franceses reconstruíram a sequência do ADN de um retrovírus que viveu há cinco milhões de anos e tem ainda potencial infeccioso, indica um estudo hoje divulgado pela revista norte-americana "Genome Research". Nas suas conclusões, os investigadores assinalam que este retrovírus, chamado "Fénix", é o antepassado de uma grande família de elementos móveis de DNA , alguns dos quais desempenham um papel crucial no cancro.
Segundo os cientistas, este estudo é o primeiro que gera um retrovírus infeccioso a partir de um elemento móvel no genoma humano e representa um importante avanço na investigação deste tipo de vírus. "O 'Fénix' ficou congelado depois de se ter integrado no genoma humano, há cinco milhões de anos. No nosso estudo recuperámos o seu estado ancestral e demonstrámos que tem potencial de infecção", disse o director do projecto, Thierry Heidmann. O trabalho foi realizado por investigadores do Instituto Gustave-Roussy , do Centro Nacional de Investigação Científica, da Universidade de Paris e da Liga Nacional Contra o Cancro, de França.

"Fénix" pertence a uma subcategoria de retrovírus conhecidos como "retrovírus humanos endógenos", que há milhões de anos inseriram cópias na sequência do homem. Essas cópias transmitiram-se de geração em geração e agora constituem oito por cento do genoma humano, mas a maioria perdeu a sua capacidade de funcionamento devido às mutações.

O "Fénix" poderá ser responsável pela síntese de partículas retrovirais que se podem observar nalguns cancros humanos", disse Heidmann. "Este trabalho vai ajudar-nos a determinar o papel que os retrovírus desempenham neste tipo de doenças", concluiu. 
 
Fonte: CiênciaHoje
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=9535&op=all